Em Defesa da Vida, do SUS e da Vacinação Gratuita para Todos”

Nas últimas semanas estamos celebrando o acontecimento histórico que é a chegada da vacina no Brasil, ainda que tardia, mas tem sido a notícia que tem motivado a muitos. Essa comemoração deve ser feita, mas sem esquecer todo o processo que foi até chegar aqui, todo o negacionismo do governo federal e a falta de medidas que realmente dessem condições para o isolamento social e que intensificaram o número de mortes. Sem esquecer que aconteceu um aprofundamento das desigualdades sociais com o aumento do desemprego e da pobreza, enquanto aumentou a concentração de riquezas nas mãos dos banqueiros e das grandes empresas privadas. Esse é o resumo da pandemia até agora, os lucros foram e estão sendo colocados acima das vidas, inclusive agora com a chegada da vacina, e nós estamos pagando a conta com as nossas vidas.

A notícia da vacina não pode nos fazer esquecer as milhares de pessoas internadas nesse momento e as mais de 225 mil vidas perdidas no Brasil. Não podemos esquecer que o fim do auxilio emergencial é uma sentença de morte para as milhares de famílias que dependem dessa renda. Por isso, é preciso exigir o auxílio emergencial de 600 reais enquanto um direito e garantir condições de isolamento social para toda a população.A palavra de ordem do momento é: EM DEFESA DA VIDA, DO SUS E DA VACINAÇÃO GRATUITA PARA TODOS! A vacina é conquista do Sistema Único de Saúde – SUS, do qual sete em cada dez pessoas dependem para sobreviver. É inadmissível que o “ter dinheiro para pagar” seja um fator determinante para o acesso às vacinas. As vacinas são bens públicos e não deve haver discriminação no acesso à mesma entre quem paga e não paga. É preciso garantir a SAÚDE ENQUANTO DIREITO e se colocar totalmente contrário à mercantilização da vacina e sua comercialização pelo setor privado. Saúde não é mercadoria, vacina não é mercadoria. Todos os movimentos sociais e políticos, organizações, conselhos e associações devem se posicionar fortemente contrários a qualquer tipo de privatização da vacina.

Equidade, Integralidade e Universalidade são os princípios que regem o SUS e, portanto, devem guiar a vacinação. A campanha de vacinação deve seguir os critérios epidemiológicos e de vulnerabilidade social e a vacina deve ser ofertada exclusivamente pelo sistema público. Só o SUS, por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), poderá garantir a vacinação de toda a população brasileira.

A pandemia não acabou! Temos um ano de luta pela frente em defesa do SUS 100% público, gratuito e de qualidade e com a vacinação gratuita para todos!