Festas geram empregos no Nordeste

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O presidente da república Jair Bolsonaro sanciona com vetos o projeto de lei que cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e que prevê ajuda ao setor de eventos. A lei beneficiará as empresas dos seguintes seguimentos:

• empresas de congressos, feiras, eventos esportivos, sociais, promocionais ou culturais, feiras de negócios, shows, festas, festivais, simpósios ou espetáculos em geral, casas de eventos, casas noturnas, casas de espetáculos;
• firmas da área de hotelaria em geral;
• administradores de salas de cinema;
• prestadores de serviços turísticos.

A expectativa é que essa lei, aprovada no congresso nacional no dia sete de abril, conceda empréstimos, permita a renegociação de tributos e revisão de alíquotas tributárias, mesmo com o veto do presidente a trechos como o que zerava alguns impostos.

Para termos uma ideia, o setor de eventos movimentou R$ 936 bilhões em 2019. Estima-se que um em cada quatro brasileiros vive do setor de eventos através de empregos diretos e indiretos, já que o setor de hotelaria e turismo também é impulsionado por festas e eventos. Acredita-se que quando o poder público investe R$ 1 na produção de eventos, o retorno é de R$ 14 a R$ 17 para a economia local.

Isso acontece porque diversas cadeias produtivas estão vinculadas ao setor de eventos. Até mesmo um evento esportivo em algum momento vai empregar pessoas da cadeia produtiva cultural por exemplo. Essa é na verdade a magia desse setor, envolver muita gente não apenas para diversão, mas principalmente para ganhar dinheiro.

A falta de eventos para o Nordeste do Brasil tem causado um drama para milhares de famílias como há décadas não se via. Até porque o nordestino aprendeu a acolher o turista que quis conhecer as potencialidades do litoral ao sertão, até mesmo a seca tornou-se atrativo turístico. Lembro-me que a cerca de 20 anos atrás uma pessoa do interior de São Paulo que veio passar alguns meses aqui me falou, “Amigo, eu tinha uma visão do Nordeste, via como um lugar de gente muito sofrida, carente. Cheguei aqui e tem festa todo dia, você não precisa andar 100 quilômetros para encontrar uma cidade em festa com grande multidão. E as belezas naturais? Cada praia mais bonita que as outras, além das cachoeiras”. Hoje essa pessoa reside aqui em Bezerros-PE, não resistiu aos encantos de nossa terra. E quem resiste?

Por Lunas de Carvalho Costa, Escritor, Produtor Cultural e Associado AFABE